A crise desencadeada pela pandemia do coronavírus deixou o mundo de pernas para o ar.
Na esfera pessoal, trabalhadores tiveram que deixar seus empregos ou tiveram redução de salário, crianças dentro de casa junto com os pais trabalhando (à remo, contra a maré), autônomos que perderam sua fonte de renda, proprietários abaixaram aluguéis para manter os inquilinos e atitudes nobres entre vizinhos mantiveram, de alguma forma, a roda girando diante de um isolamento social repentino.
Já no âmbito dos negócios, empresas tiveram que se reinventar. Comércios fecharam suas portas para nunca mais abrir, indústrias tiveram que cessar ou diminuir sua produção e muitas empresas precisaram buscar novas formas para atender seu público com menos mão-de-obra disponível.
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De certa forma, cada um cedeu um pouco de espaço, com gentileza e compaixão, para manter a economia de pé (e o psicológico de todos também).
Porém, tal cenário não está sendo vislumbrado no setor elétrico. Neste âmbito, transmissoras, distribuidoras e geradoras terão garantias que nenhum outro setor será beneficiado.
A princípio, logo quando começou a pandemia, a Aneel lançou diversos decretos em relação à proteção do consumidor cativo, nos quais os pontos principais foram, a proibição do corte de energia, mesmo para consumidores inadimplentes e o congelamento da tarifa paga por quilowatt-hora.
Conta-Covid, quem vai pagar
Pois bem, o governo fez um empréstimo de R$ 16,1 bilhões para blindar o sistema elétrico, ou seja, manter o caixa dos agentes envolvidos em equilíbrio. Este socorro ao setor foi nomeado de Conta-Covid.
O valor da conta-covid foi definido baseando em critérios como a redução da arrecadação por inadimplência, que teve aumento significativo após o início da pandemia. Soma-se a isso, a diminuição do consumo dos consumidores do grupo A, que possuem demanda contratada, devido ao fechamento dos comércios e a diminuição da produção industrial.
De acordo com o IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor), como possuem energia contratada, já comprada, para esta demanda que não houve, as distribuidoras terão de liquidá-la no mercado ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), certamente por um valor inferior ao que foi pago na compra, porque há excesso de oferta.
Por outro lado, vão pagar às geradoras e transmissoras os montantes definidos antes da pandemia. A diferença ficará a cargo do consumidor, o grande responsável por manter a cadeia do setor elétrico.
Todo o prejuízo do sistema elétrico será repassado ao consumidor do mercado cativo, incluindo a postergação do reajuste da tarifa, que será realizado não nos próximos meses, mas para os próximos anos! Além do pagamento do empréstimo de R$ 16,1 bilhões somando-se os juros.
Isso quer dizer que, as empresas que compõem o setor elétrica terão seu faturamento normal, em tempos de crise, como em tempos de pré-pandemia.
A previsão para 2021, é que a conta-covid passe a ser cobrada em doses homeopáticas. Portanto, na contramão do que foi inicialmente proposto, a conta-covid, criada para evitar que o consumidor fosse sobrecarregado durante a crise, este é quem pagará a conta no final.
Como não pagar essa conta?
Uma solução para blindar seu negócio contra a conta-covid, é ter a própria geração de energia. Quando sua empresa gera a própria energia através de fonte solar fotovoltaica, a dependência do sistema elétrico diminui, já que a sua contribuição à matriz energética é compensada com o Programa de Compensação de Créditos, promovendo mais autonomia e previsibilidade de despesas.
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